O Gancho.
A newsletter da Hook Digital | 4/10/2019
Hoje vamos falar sobre um fator que costuma garantir o fracasso de uma estratégia, mas raramente recebe a atenção que merece: a ilusão dos recursos ilimitados.
Como você talvez já tenha reparado, profissionais de marketing — em especial os que trabalham em agências e consultorias — têm o hábito de falar o tempo todo sobre o que a sua empresa faz ou deveria estar fazendo (e nós não somos exceção).
Até aí, toda agência ou consultoria tem sua visão e sua forma de se comunicar com o mercado. O problema começa quando elas começam a bombardear clientes com recomendações genéricas, ignorando as características, objetivos e, principalmente, as limitações de cada empresa.
Nenhum time de marketing, em qualquer que seja a empresa, tem a autonomia, o tempo, o orçamento e o foco, entre outros recursos, para fazer tudo o que gostaria (ou deveria) neste exato momento.
Ao contrário: o time de marketing quase sempre está sobrecarregado de atribuições, trabalhando com pouca autonomia e orçamento a conta-gotas, sob a pressão de fazer as coisas acontecerem no curto prazo.
Enquanto isso, muitas agências e consultorias vivem no mundo da lua, pontificando sobre organizações “customer-centric” e suas campanhas “data-driven omnichannel” com “artificial intelligence”. Não surpreende que a confiança das empresas nesses prestadores de serviço venha diminuindo ano após ano.
Vale lembrar que nem toda empresa está imune à ilusão dos recursos ilimitados. Um dos sintomas disso é a dificuldade em priorizar canais e perfis de público, por exemplo. Entre fazer várias coisas medíocres ou poucas coisas bem-feitas, a gente sabe que, para muitos gestores, a decisão nem sempre é fácil. Mas, para quem espera resultados, é obrigatória.
Porque quanto mais segmentada ou personalizada uma ação, maiores as chances de atingir os resultados esperados. Mas a tentação de querer ser tudo (e vender tudo) para todo mundo às vezes é irresistível. A falta de um modelo de atribuição confiável, problema crônico em empresas brasileiras, contribui para piorar a situação.
Aqui na Hook, desde o começo procuramos entender e trabalhar dentro das características, objetivos e limitações de cada cliente, sem abrir mão da nossa visão: marketing a serviço do crescimento do negócio, priorizando ações com impacto direto e indireto em receita. Hoje, encontrar um equilíbrio entre essa visão e a necessidade de oferecer serviços mais flexíveis é um dos nossos maiores desafios.
***
Falando na necessidade de priorizar, o que funciona melhor: criar mais conteúdo com menos qualidade ou menos conteúdo com mais qualidade? Por seis meses, o time de marketing da HubSpot testou essa e outras hipóteses no próprio blog deles. Leia aqui as conclusões.
***
Ainda sobre conteúdo e modelos de atribuição, nossos parceiros do Databox perguntaram a mais de 50 profissionais quais são as métricas e critérios que eles usam. Vale demais como referência para você definir as suas.
***
E seguimos com nossa série especial sobre conteúdo e crescimento. Se você perdeu os últimos episódios, é só dar um pulo aqui e aqui.
Um abraço e até sexta que vem!
Leandro, Tesore e Paulinho
Sócios-fundadores, Hook Digital
Facebook | LinkedIn | Twitter